Final FPCE 2- 4 AAA FDL

Não quis escrever nada a quente sobre este jogo, e julgo que nos fez bem a todos ter uns dias para digerir esta derrota. Se há um ano o Pedro dizia que estava a escrever o post que mais desejava, de tal forma que nem sabia bem o que dizer, este é certamente o sentimento inverso.

Vou começar pelo fim - fizémos um percurso fantástico nesta competição, com jogos épicos, grandes momentos de futsal, um desejo enorme de vencer, reforçamos a coesão na equipa, ´trabalhámos de forma séria para que no final fossemos nós a festejar. Não aconteceu, mas devemos manter a cabeça erguida pelo nosso trabalho, reconhecendo que, por mais inglória que tenha sido, quem nos ganhou foi melhor que nós e mereceu o primeiro lugar. Não é fácil, depois de eliminar os adversários directos, perder pela 2ªa vez com a mesma equipa, que conheciamos bem, sabiamos os pontos fortes e os pontos fracos, mas mesmo assim voltámos a ser batidos, de forma muito idêntica. Se isso acontece, temos de reconhecer mérito no adversário e aceitar que não fomos a melhor equipa da competição, porque o que interessa é quem mete mais vezes a bola dentro da baliza adversária. Esse é sempre o melhor, o que no final faz a festa, e nenhum de nós quer vitórias morais. Dito isto, assumo por completo a responsabilidade na hora da derrota, pois todas as decisões foram unica e exclusivamente tomadas por mim. Vocês deram tudo o que tinham, e se não ganhámos não foi certamente por falta de esforço e ambição. Agradeço-vos a todos pela enorme dedicação que tiveram nestes últimos dois meses, e em particular aos 3 capitães, que desde o primeiro dia foram meus aliados na gestão da equipa.

Quanto ao jogo em si, ao contrário do que tem sido habitual desde que oriento a equipa, em que geralmente começamos mal e corremos atrás do prejuízo, começou bem para o nosso lado. Marcámos muito cedo, ao fim de 2 ou 3 minutos, e pegámos muito bem no jogo, de forma muito concentrada, gerindo bem os ritmos e os momentos de transição. Por essa altura dava impressão ser impossível o que se seguiu depois na segunda parte. Ainda no primeiro tempo, tivemos mais algumas oportunidades para ampliar o marcador, e esse foi o nosso melhor período. Mesmo com as mudanças que fomos introduzindo, continuámos a criar oportunidades e não as concedemos ao adversário. Quem não marca arrisca-se a sofrer, e mesmo que até aí estivessemos impecáveis a defender, sofremos um golo em contra ataque, onde após o lance de bola parada nosso não fomos suficientemente rápidos a recuperar a posição. Fomos para o intervalo empatados e com a convicação que tinhamos capacidade para mudar o rumo dos acontecimentos, e mais uma vez marcámos a abrir, numa excelente jogada do Hugo, concluída pelo Macedo. A partir daí foi tudo muito semelhante ao jogo da primeira fase - perdemos a concentração, começamos a errar passes, com dificuldade em sair, demos espaço ao adversário, vimos ainda o Ricks brilhar com uma defesa impossível (a melhor do torneio, na minha opinião)e sofremos um golo estranho, em que sem se saber bem como a bola aparece dentro da baliza. Sentimos o golo e nunca mais pegámos no jogo, nem mesmo com as alterações introduzidas. O cansaço fez-se notar, e não conseguimos voltar a assumir o jogo e a ter a bola no pé com naturalidade, algo que devemos rever no futuro, pois todos temos de ser capazes de contribuir para isto e não esperar que seja um ou dois a levar a equipa às costas nestes momentos. O terceiro golo deles surge já perto do fim, quando tentávemos ir para a frente marcar, e o quarto logo no minuto seguinte, acabando com o jogo. Em poucos minutos perdemos um jogo, algo que estamos habituados a sermos nós a fazer.

É importante salientar que, mesmo com alguns momentos menos felizes, e das muitas provocações mútuas com os apoiantes do adversário durante o jogo, a equipa no geral aceitou esta derrota, felicitou os antigos alunos de direito (a quem nenhum de nós tem nada a apontar e que tiveram uma atitude muito correcta no final do jogo) e saíu do campo de cabeça erguida, mesmo tendo em conta a enorme frustração que todos sentiamos.

Por último, uma palavra especial ao Beto, decisivo na nossa passagem à final, e que a muito custo não pode participar neste jogo, devido a uma lesão contraída no último lance do último treino antes do jogo.


O 5 inicial foi:
Ricks
Guga
Hugo
Macedo
Quaresma

Jogaram ainda:
João
António
Miguel

Não jogaram:
Tiago
Humberto

Golos: Macedo x2 (de volta às chuteiras antigas...)


Segue-se agora o final de época, com um jantar de equipa e um torneio para descontrair um pouco. Aguardo o vosso feedback ao mail que enviei, e quando estiver tudo combinado deixo aqui o post.

Abraço,
Dave